Queridinha

quinta-feira, 11 de abril de 2024

Viagem astral... Aonde as mãos tocam as estrelas!!!



Eu olhava para o céu, esperava uma resposta clara dos meus desejos.
Por um segundo, num demorado e longo segundo 
Me vi mergulhada no infinito do céu.
Eu queria tocar as estrelas mas o que eu via era um espaço silencioso.
O que eu via era a Terra se distanciando de mim.
E quanto mais longe eu ia, mas eu sentia a leveza.
Era um desligamento , era eu sendo um gás.
Uma estrela voltando para o seu lar.
O que eu iria encontrar?
Eu não queria encontrar nada.
Eu só queria sentir a sensação de ser o superman.
O Universo , o cosmos, as forças que eu desconheço me chamando pelo nome.
Nenhum beijo apaixonado, nem o desejo mais intenso me tiraria o prazer de estar ali.
Um único pensamento.
O por quê?
A resposta que eu nunca tive.
A minha pele, as minhas pernas, todos os meus sentidos não faziam sentido.
Porque eu simplesmente me deliciava com a sensação de liberdade.
A mais pura liberdade.
Nenhum cientista se atreveria a definir aquela sensação.
Por melhores que fossem as teorias nada se igualava ao que eu enxergava.
As nebulosas, os planetas , as estrelas e os sóis tão puros.
Mas o que eu sentia não era a sensação física, era a clareza do meu espírito.
Era a consciência de estar olhando para o meu corpo e me definindo como parte disso.
Do Universo e dos multi-versos que se fundem no infinito.
Por um segundo eu fechei os olhos.
Eu ainda estava ali, cercada de uma energia inexplicável.
Eu não precisava de estar em nenhuma nave intergaláctica.
Meu pensamento me levava aonde eu queria.
Olhei para baixo, eu não via nada além do infinito, sem horizontes, sem limites de olhares.
Eu estava sentindo o TODO.
Um amor incompreendido me aqueceu o corpo.
Lágrimas molharam o meu rosto e eu pude sentir a beleza.
Mas não a beleza que estamos acostumados a ver, mas a beleza num sentir completo.
A beleza que eu sou, a minha luz que não se apaga com nenhum sopro.
E eu despertei um sentimento que até então eu só descrevia em poesias.
Eu senti a grandeza de ser eu, a leveza de ser eu.
Eu estava nua, completamente nua.
despida de orgulho ou egoísmo, de vaidade ou de um ego.
Uma nudez de alma.
Foi quando eu percebi que a vida não se resume na vida passageira.
Nem nas afeições e nem nas coisas que eu possuo e que as minhas mãos tocam.
Ali eu não pensava em nada além do que eu via, eu me apeguei a sensação de liberdade.
Nos sentimentos profundos que me acolhia na alma.
Quando então, eu comecei a voltar, voltar para a Terra.
Eu voltava lentamento, revi as nebulosas, os buracos negros e os sóis.
Voltei para meu lar, cercada de janelas, portas e trancas.
Era como voltar a uma prisão.
Daí eu percebi a saudade... a saudade de estar em outro lugar.
Senti saudades do que eu senti em tão pouco tempo.
Mas eu estou aqui, sendo estrela num lugar onde a minha luz é apenas algo invisível.
Eu não me entristeci e nem reclamei da prisão.
Eu apenas agradeci a viagem e segui em frente.
Talvez eu volte a voar entre as estrelas para recarregar as energias e me aventurar em outras terras.
Mas enquanto isso, vou ficar por aqui.
Colhendo as pedras , flores e correndo com o vento.
Seguindo em frente,
Talvez eu volte para sentir novamente a saudade do que eu vivi em pouco tempo mas que me valeu a vida inteira.



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Seres alados!!

Seres alados!!
Somos alados quando temos boas atitudes.As minhas asas quebram quando minto, perco penas quando fico triste mas nunca perco a fé porque sei que vou voar para a eternidade.