Não existe silêncio em casa onde há crianças, todos os dias se ouve: mãeeeeeeeeee.
Essa palavra se ouve mais de cem vezes ao dia, portanto, não há palavra mais dita do que essa.
Não é ruim essa falta de silêncio, até porque onde tem criança e há esse silêncio, é sinal de que a tecnologia venceu.
Como lhe dar com tanto barulho?
Eu não sei, na verdade, esse barulho é muito estressante mas não consigo viver sem ele, é como um vício que se move por ele, quando há silêncio em casa?
Na madrugada, sim... de madrugada se ouve ventos, animais da rua , ou mesmo aquele mosquito incomodando no pé do ouvido, mas eu amo o silêncio, me ajuda a meditar, dá para ouvir a nossa própria voz interna, o silêncio é um momento mágico de conexão com Deus, Universo... enfim, durante esse silêncio é o nosso momento mágico .
Mas é o barulho das crianças?
Entre gritos e choros, risadas e bagunça há uma grande magia também, a magia da livre expressão de cada um, é no barulho que exercitamos a tão sonhada paciência, é no momento que eu peço a Deus essa paciência, é no barulho que eu sei que meus filhos não estão doentes e que eles estão brincando ao invés de brigarem entre si, é nos gritos de super-heróis que reconheço o pensamento , a personalidade de cada um deles, às vezes reclamamos do barulho, mas aquele silêncio em que ninguém está dormindo, esse raramente eu tenho, porque apesar de cansativo, a vida de uma mãe é sempre surpreendente, porque na hora da bagunça posso ensinar, na hora da bagunça eu consigo sentir que ser mãe é ser sempre uma lição aprendida.
Entre barulhos e silêncio eu aprendo a ser uma boa mãe, eu posso sentir o quanto é importante ser eu, ser uma boa pessoa, porque eu sei que minhas atitudes sempre serão analisadas e muitas vezes copiada.
O papel de mãe é como um diretor de teatro, sempre orientando e mostrando e buscando o melhor de cada um, é sendo mãe que aprendemos que as coisas não são imediatas e nem sempre o que queremos para nossos filhos é de ato a melhor opção, e que os filhos sempre precisam ser independentes de nós...
Não há tempo para nada, o tempo é tão corrido que os relógios parecem grandes círculos com ponteiros girando como grandes rodas de bicicletas, não dá para contar minuto a minuto, parece que o ponteiro pula de uma a uma hora em segundos... no fim do dia... é o silêncio que buscamos ... o barulho cessa e vamos olhar nossos filhos dormindo dizendo a nós mesmas: Graças a Deus mais um dia.
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