As nossas vidas coletivas!!!

 O amor humano é um pingo de luz que as vezes está adormecido dentro de nós e que acende quando uma coisa nobre nos toca o coração e faz sentindo tudo aquilo que vivemos.

Não importa quando a tristeza passa por nós nos impedindo de enxergar o que poderia estar mais claro, é preciso que pensemos que tudo é passageiro  e que somos bem mais do que sentimentos, somos nós que escolhemos o que fazemos com eles.

Não perdemos pessoas ou  coisas ao longo de nossas vidas, são as circunstâncias que nos afastam do que precisamos nos afastar para viver novas experiências e depois voltarmos a repensar nisso com a sabedoria que merece.

Quando eu era pequena ganhei da minha mãe um ursinho de pelúcia, para minha cabeça de menina, era a minha filha de pano e algodão , apenas cuidava dela...Um dia meus irmãos e eu brincávamos de escuro com ela, e ela perdeu o braço na brincadeira, chorei muito até ser costurada e eu novamente poder brincar com ela, no dia seguinte fui a casa das freiras que eu ia quando visitava a casa da minha avó e uma das freiras me disse: É só um ursinho de pelúcia Queridinha, costurou, passou, não se apegue a um brinquedo,é só um brinquedo, agora você precisa cuidar para que você não se machuque... então, elas tocavam piano e eu fiquei ali a tarde toda.

Muitas vezes nos apegamos a pessoas que nos fazem bem ao ponto de sentirmos pertencentes um ao outro, não é como um brinquedo que deixamos de lado quando crescemos, por isso a nossa escolha de nos afastar de alguém ou deixá-las se perderem é importante e influenciam a nossa vida, porque elas fazem parte de nós , mesmo que pertencem apenas pouco tempo de nossa história pessoal.

A infância não é apenas uma fase, é a melhor fase de nossas vidas pois aprendemos a amar as pessoas com simplicidade e quando nos tornamos adultos as velhas memórias nos reconstroem e passamos a amar as pessoas com a mesma simplicidade e honestidade, porque escolhemos viver nossos sentimentos com mais profundidade e fugir desses sentimentos , é como fugir de nós mesmos.

Quando nos afastamos de alguém pela circunstância do tempo, é o tempo que está nos educando, quando nos afastamos porque desejamos é a nossa escolha, seja para o bem ou para nos protegermos, a nossa escolha nos carregam ao longo da vida.

Tudo é tão passageiro em nossas vidas que as memórias ficam guardadas e vão se acumulando e chega no ponto que esquecemos de algumas coisas importantes e tudo é tão natural, mas a nossa eternidade faz com que esse esquecimento seja momentâneo e quando precisamos nos recordar de velhas histórias , elas simplesmente aparecem, e nos fazem lembrar do quanto a nossa vida é importante para todas as pessoas que esbarramos pela vida, nossa breve vida.

Todas as pessoas que passam por nossas vidas são importantes,porque fazemos parte da vida uns dos outros, seja em quais circunstâncias forem, elas importam, tanto que passaram por nossas vidas.

Qualquer história que tenhamos vivido, foram vividos e lembrados por alguém, somos importantes por um abraço breve, por um beijo inesquecível, uma palavra aconchegante ou dolorosa, tudo é tão importante quanto o nosso próprio respirar, porque estamos na mesma atmosfera, vivemos semelhantes experiências estimulados pelo mesmo amor, somos todos seres compartilhando quem somos e não há como fugir de quem somos, e aceitar que as nossas escolhas pode mudar a vida de alguém é um ato de sabedoria e fazer o bem á alguém, é sempre fazer o bem a si mesmo!!!

Olhos nos olhos!!!

 

A vida é mesmo uma caixinha de surpresas, dependendo do nosso coração a vida simplesmente acontece em ciclos.

Perdemos tanto tempo tentando fazer algo para agradar os outros que nos esquecemos de nós mesmas, não que seja errado fazer algo de bom para alguém mas quando nos excluímos de nossa própria vida , é hora de repensar.

Quantos de nós já passou por esse ciclo e se deu conta de que estava vivendo para viver a vida do outro.

Nós pais normalmente fazemos de nossos filhos seres tão especiais que podemos impedi-los de crescer e viver frustrações que eles deveriam viver para crescer, e não fazemos isso apenas para nossas crianças ainda pequenas, fazemos isso por quem amamos e deixamos nos levar por um sentimento tão forte que nos esquecemos de nós mesmos e nos tornamos zumbis modernos.

Os mesmos motivos que nos levam a ignorar a nós mesmos são os que nos mantém unidos a esses que pensamos em proteger.

A maioria de nós fomos educados para sermos bons e prestativos, porque nosso subconsciente entende que somos queridos apenas por esses motivos, portanto, estamos sempre nos trazendo desculpas para sermos assim.

E como mudar isso, como podemos nos curar desse sentimento de querer sempre agradar alguém?

Nos cuidando, pensando e refletimos sobre quem somos e quem queremos ser, não seremos egoístas em fazer o que gostamos, porque pensemos dessa forma, quando cuidamos de nós fica muito mais fácil para cuidar de quem amamos, a nossa saúde mental exige isso de nós mesmos.

Quando estamos conectados com as nossas próprias vontades estamos nos querendo de volta, estamos querendo nos reconectar com as nossa essência.

Tudo que temos em nós, conseguimos encontrar no outro em porções diferentes.

Todas as nossas frustrações, todas as nossas emoções e contenções estão dentro da gente e precisamos nos mergulhar em quem somos de verdade e buscar o nosso melhor é como andar pelos mesmos caminhos, ou seja, é entrando e encarando as nossas sombras que encontramos o nosso melhor, é encarando o espelho que passamos a entender as nossas falhas e mudar o que consideramos inadequados.

Quando protegemos demais alguém evitando que ele se machuque estamos contribuindo para que nós e ele nos machucamos depois com uma intensidade ainda maior.

Dizer não, é dizer sim em muitos caso, um sim para a nossa saúde mental, sim para nosso autocuidado , a nossa forma de lidar com os problemas e como encaramos as nossas frustrações nos indica se crescemos ou não.

Vamos dizer sim a nós mesmos, vamos deixar de cutucar nossos machucados ao invés de curá-los, é importante nos lembrar de que qualquer coisa que façamos por alguém de bom nos fará bem e dizer não, pode ser bom para todos nós.

Sejamos bons com o nosso coração sem que sejamos egoístas, somos apenas egoístas quando não olhamos com compaixão e deixamos de ajudar quando temos todas as condições para isso.

Enfim, vamos dar uma olhadinha no nosso espelho?

As mais belas histórias!!!

Eu me concentro em sorrisos e uma boa risada .

Me deixo levar pelas histórias que me contam e me deslumbro com os sentimentos que essas memórias me trazem.

Eu simplesmente me deleito com histórias, é como se o mundo se ampliasse para mim e me deixasse ainda mais leve.

Assim acontece... 

O simplificar das palavras ,a maneira com que as lágrimas descem pelo rosto enrugado com o tempo, e a fala arrastada como quem quer adormecer, ouvir o som de palavras ou mesmo tentar captar sentimentos pelo olhar, engrandece os nossos momentos, as nossas memórias e a maioria desses sentimentos que nos inundam a cada história que ouvimos de alguém que viveu muito ou que viveu o bastante para nos presentear com essas histórias, isso é simplesmente maravilhoso.

Ouço tantas histórias , e ouvir parece mesmo um dom divino, senão for o mais generoso dos talentos que eu gosto de possuir.

Ouvir é um ato silencioso, sim... é o nosso ato silencioso e para quem tem dúvidas, vale por uma vida inteira, porque o ouvir não é só uma caridade moral, e o aprendizado mais sutil e sublime, quem sabe ouvir sabe falar, não que eu saiba falar, isso ainda terei que treinar bastante, porque eu amo o meu silenciar, é quando eu presto atenção, é quando eu percebo melhor meus sentimentos, quando eu vejo as palavras dançando no ar, uma canção invisível do coração.

Ouvir é sim um ato de amor... mas eu gosto também de falar e escrever... eu pareço uma tagarela quando escrevo, parece que os meus dedos saem do meu controle e me afogo nas palavras, fico eu, inventando palavras, e nem presto muita atenção na minha falta de jeito, apenas fico captando as palavras no meu pensamento antes que elas se perdem, e então, eu volto ao meu silenciar...

O ouvir, o falar são atos condicionados ao pensar, os pensamentos são o que somos de mais genuínos, até mais do que as nossas próprias ações, porque muitas vezes fazemos coisas das quais não nos orgulhamos e nossos pensamentos não são mascarados, e nem negligenciados por nós mesmos, eles existem assim como nós existimos, logo, somos o que pensamos de fato.

O pensar, o bem pensar pode ser treinado, pensamentos positivos são o que melhor nos distraem embora, os pensamentos tristes nos amaldiçoam sempre, então, parar para analisar nossos próprios pensamentos é um ato de auto-amor.

Ouvir belas histórias podem nos encher os olhos e as histórias tristes nos enriquecem com lições mas contar as nossas próprias histórias talvez pode ser a cura de nossos próprios males, como nos ensinou Freud, histórias serão sempre histórias sejam elas inventadas, podem fazer parte de grandes memórias, contadas em livros, no cinema, em histórias em quadrinhos, numa tela numa exposição de arte, numa fotografia, a história é sempre um jeito de nos colocarmos no mundo, e nos concentrarmos no que pensamos ser importante, então, lembremos que tudo que vivemos faz parte da história mais linda do mundo, somos a melhor história que se conecta com outras histórias e que tudo se transforma nesse grande Universo que podemos chamar de vida!!!

Tirando a casquinha dos machucados!!!

 

Eu respiro, eu sinto e eu pressinto, cada galho caído no chão vem de uma árvore e cada cantar de um pássaro me trás a sensação de liberdade e é por isso que amo ver os pássaros voando como se agradecessem pelo vento e pela natureza a vida e o seu cantar.

Talvez eu pareça longe do tempo em que vivo ou da realidade massante em que me encontro, mas esse contato com a natureza me faz viva e motivada a fazer o meu melhor.

Eu posso sentir qualquer tipo de amor, amor que me arremata, amor que me encanta ou mesmo o mesmo amor que sacrifica, eu não sabia  que podia dividir o amor em tantos pedaços, e nem que a paixão demorasse tanto a a acabar e que a verdade dói tanto que nos desmonta.

Quando se olha para frente se percebe um caminho que dificilmente se pode voltar, quando acendo velas para as minhas intenções, eu me lembro de quem eu sou essencialmente e me esqueço imediatamente dos motivos pelos quais mudei e me tornei triste, mas a alegria vem sempre por motivos naturais e que nos fazem sentirmos tolos, mas é genuína e clara, choro por motivos igualmente tolos mas quando percebo que a tristeza quer me carregar pelo colo , me apronto para viver cada etapa que preciso viver, e me entrego ao meu sentimento sem erro e sem pensar muito, porque aprendi que sentimentos são nossos e devem ser vividos até que nós mesmos possamos transmutá-los se caso for necessário.

Cada um de nós carregamos marcas e algumas cicatrizes doem quando cutucadas e demoram para serem esquecidas , mas há sempre uma chance para aprendermos a nos conectar com algo bem maior, somos nós que criamos as nossas próprias estratégias para superarmos algo que precisa ser aprendido dentro de nós e que sentimentos morrem quando deixamos de focar neles.

Quando alguém sente ódio por mim, eu simplesmente deixo pra lá, não quero me conectar com sombras dos outros, cada um carrega sua própria sombra e se encarregam de cuidar desses sentimentos sombrios ou não, sentimentos são pedaços de nós que cuidamos ou deixamos para lá, tanto a alegria e como a tristeza devem sempre estarem conectadas pois a dualidade nos ajuda a fazer escolhas, as nossas escolhas se transformam no que somos em todos os aspectos da vida.

Então, eu em minhas meditações e tentando entender meus sonhos , eu escolho ser feliz, buscar o que eu preciso encontrar, seja perto ou longe de mim.

Eu escolho ser feliz com os sentimentos que eu carrego e me constroem.

Eu escolho entender a dor do outro assim como ele tenta entender as minhas dores e para suportar também a dor de nos curar.

A cura é dolorosa quando nos apegamos a ela, é como tirar a casquinha do machucado , ela esconde a cura mas dói as vezes.

A casquinha do machucado sempre nos trás a alegria de ter passado esse processo entre o machucar e a cura,a casquinha nada mais é do que a certeza de que tudo passa e que precisamos ter coragem para tirar de nossas vidas o que nos incomodam.

Então, vamos tirar as casquinhas dos machucados e seguir em frente?

Não existe cura sem a dor , e nem há dor sem esse foco constante nela, portanto, tudo é um processo, tudo é um momento importante.

Quando damos a luz a um novo ser, é sempre doloroso, não porque é uma coisa ruim, mas é preciso passar por momentos assim para encontrarmos a luz, para que haja luz é preciso que haja um momento de escuridão, um momento em que o conhecimento nos é obscuro.

Conhecimento clareia a nossa existência e nos fazem querer ir além e nos conhecermos é essa luz vindo à tona, deixemos que venha essa luz, e mesmo que os nossos tantos momentos sejam dolorosos, é só um momento, o medo sempre é constante mas ele vai, assim como o tempo... o medo nos aprisiona mas por outro lado nos informa e nos ensina, então pensemos, tudo vale a pena ser vivido.

É preciso buscar nossa essência... aprendendo com a realidade fantástica!!!

 Somos como grandes parteiras do mundo, fazendo disso uma vida inteira.

O mundo se molda em pensamentos tristes e também em coisas que são motivadas por coisas, deixando-nos preocupados com coisas e nos esquecemos de aprender quem somos verdadeiramente e nos imprimimos em atitudes que muitas vezes nos deixam pela metade.

Conhecemos pessoas, conversamos com pessoas , convivemos com as pessoas baseadas em nossas percepção que temos sobre elas e quando nos decepcionamos as culpamos.

Não estamos sendo egoístas? Achando que todos estão vivendo para nos servir? Ou nos alegrar como se devessem fazer algo para nos agradar, e essa relação se torna doente e abusiva.

Quem somos nós diante dos outros?

O que se pode fazer quando estamos mergulhados em nossas próprias sombras a não ser a se ver brilhante e rejuvenescidos?

Sim, não há sombra se não houvesse a luz, somos todos iluminados quando estamos conectados com a gente mesmo, mesmo de maneira sutil.

As nossas impressões de nós mesmos é muito mais importantes do que a dos outros porque são elas que nos levam ao autoconhecimento e ao mergulho tão intenso que passamos a destruir parte de nós a fim de nos tornarmos super humanos , aguçando as nossas sensações , estudando-nos estamos nos buscamos ao invés de tentar enganar aos outros porque nosso ego precisa ser massageado a todo custo.

Estarmos nessa fase intensa da vida , estamos evoluindo em vários níveis dentro de nós, e conforme esse conhecimento se intensifica , nos tornamos melhores e nosso olhar sobre o outro muda.

Ser educadora não me fez especialista e mesmo a melhor mãe do mundo, pelo contrário, me fez aprendiz e me fez errar muitas vezes em meus julgamentos.

Nossa missão é estar sempre mergulhada nesse universo de pensamentos e criar e recriar o que sinto ser positivo, assim somos todos nós, buscar a essência e não o que é superficial, portanto qualquer coisa que eu faça, irá me levar no mesmo fim.

A vida me ensinou bem mais do que tentar cuidar, a vida me ensinou que as vezes devemos nos olhar de frente e nos aperfeiçoarmos , porque para ensinar é preciso aprender com o melhor mestre, a própria vida.

Ninguém é mestre de ninguém, as pessoas mais sábias são simplesmente, o que nos encaminha ao pensamento mais nobre.

Eduquemos nossas crianças para serem simples e autênticas porque a nossa essência sempre será um foco importante em qualquer fase de nossas vidas e viver com leveza nos distancia do materialismo que´sempre nos arrasta para a superfície ao invés de nos mantermos focados num futuro brilhante quando  entendemos o infinito e sua gradeza incomensurável.