Muitas vezes me perguntei sobre o que a maternidade me ensinou,, e respondo sempre com uma pergunta: _ O que seria de mim se eu não fosse mãe?
A resposta sempre vem quando chega o fim do dia, eu eu percebo o quanto eu superei, o quanto eu fiz o meu melhor.
Todos nós temos problemas, não estamos na marginal, todos nós estamos caminhando para a nossa própria evolução, não há nada que faz esse crescimento senão pela superação das dificuldades.
Não somos marinheiros de primeira viagem, todos nós compartilhamos problemas e a santidade não é uma missão fácil para ninguém, e por acaso, quem quer ser santo?
Deixe a santidade para nossos mentores espirituais, nós pobres mortais estamos caminhando numa existência para outra carregando as nossas queixas.
Quando vejo algumas pessoas reclamando , eu vejo que a maioria estão vivendo muitas coisas boas, reclamam do pouco dinheiro, do carro que têm, das roupas que não podem comprar, das viagens que faz, enfim, ninguém está percebendo que as pessoas precisam apenas de mais um pouco de fé?
Esta semana eu vi noticiários , vi coisas que não queria, mas vi tantas coisas boas, tantas pessoas querendo fazer o bem, que me pergunto: - Qual é o meu papel neste mundo? Nossas vidas não foram criadas ao acaso e as nossas vidas não são bolas que Deus jogou no espaço para ver o que acontece.
Nossas crianças precisam de uma educação melhor , mas será que todos se preocupam com isso ou só nós que tentamos fazer o bem acontecer.
Nesta semana fui numa fraternidade espírita da qual frequento, no sábado, dia em que há distribuição da sopa e não pude ajudar, e nesse momento, me deu um aperto no coração, porque adoro poder ver o rosto das pessoas quando distribuímos a sopa. Depois de alguns minutos percebo que todos nós precisamos fazer parte dessa corrente, uma hora ajudando , outra hora ajudado, faz parte do círculo do aprendizado.
Tem dias em que ficamos nervosos, outros em que a nossa calma é a nossa fé trabalhando, todos os dias somos tesados ao trabalho e quando percebo que todos os dias eu aprendo, um alívio chega ao meu coração.
Nós não somos santos, não temos um dispositivo de mudança, apenas mudamos quando passamos a nos conhecer melhor e corrigir o que nos parece ruim, é nos corrigindo que alcançamos o bem.
Não precisamos agradar a todo mundo, porque esse não é o objetivo de cada um , cada um deve viver do seu jeito sem deixar-se levar pela sociedade hipócrita e materialista, mas o que vejo no dia a dia são as pessoas competindo entre si quem tem a vida melhor.
Será que é tão difícil entender que nós somos individuais e que cada um tem os pés para caminhar, digo, as suas escolhas refletem o que são.
Você não precisa amar quem está ao seu lado, porque amar é um sentimento puro, longe de preconceitos, amar é bem mais do que conviver em paz, amar requer força e coragem, e nem sempre dispomos dessa força para conviver.O respeito faz parte desse amor ... o amor é bem maior do que a própria palavra, quando amamos de verdade o perdão é a palavra central, porque todos nós erramos, não somos obrigados a amar a humanidade, porque infelizmente nós não alcançamos ainda essa vibração capaz de proporcionar a paz mundial... isso... o amor que necessitamos é o amor maior do que falamos diariamente.Não somos obrigados a amor, porque o amor vem naturalmente, nós é que nos obrigamos a algo, nos sentimos culpados por não ser queridos, nos sentimos culpados por não estarmos lado a lado com seus parentes, mas isso não pode acontecer, porque o importante é não sentir ódio, porque ao contrário do amor, ele nos faz mal.
Podemos amar sem nos sentir obrigados a isso,porque ser santo, é o nos foi ensinados a ser... vamos apenas sermos nós mesmos, deixar de sentir necessidade de agradar a todos, agradar a si mesmo , já é um bom começo.
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