Um cintilante tocava as nuvens.
Meus pensamentos bailavam.
As cortinas balançavam com o vento.
Um breve ruído incomodou o silêncio.
As fadas que vivem no jardim me acolheram.
O luar, as pequenas gotas de chuva molharam meus pés;
Me vi fitando a lua.
A lua está cheia, a beleza e a sua calmaria me alegrou o coração.
Joguei as mãos para o céu e senti um leve tremor.
Senti meu coração pulsar e minha respiração me levou ao meu lugar.
O meu lugar na lua que refletia em meus olhos a minha alma crua.
As minhas constelações preferidas enfeitavam o céu.
Eu me perdi no tempo, me acolhi no meu próprio abraço.
Meus braços longos, as minhas pernas compridas e magras me faziam parecer uma árvore brilhante ao luar.
E eu ria como uma velha dançando e cantando para a lua.
A lua sempre foi uma linda melodia e minhas porções mágicas são pequenas garrafas de chás.
Que me embriago ouvindo os mantras que a vida fez questão de me ensinar.
O meu sol, brilhando distante de mim ilumina a lua em que eu sempre me vi. inteira.
Sem esse amor perfeito , me vi obrigada a cantar sozinha e me lembrar dos tempos em que o sol me pertencia.
A lua ainda me trás a leveza em seu brilho e numa viagem transcendental, me encontro nela,
E lá encima vejo o orbe, curvando-se e atropelando o espaço no seu tempo-espaço sobrevivendo as sombras dos humanos insanos e sedentos de ouro.
Mas lá de cima, eu não vejo ouro, eu vejo apenas a beleza , e o som já não ensurdece , ele apenas vibra suavemente.
As nebulosas, as cores infinitas e doces, me fazem sentir o calor que parte de dentro de mim.
O luar está sempre me chamando, eu pertenço a luz cintilante da lua, e me atrevo a chamar de meu paraíso.
Como as marés, esse luar faz crescer as plantas e dominar os sapos e pequenos vagalumes.
Sou eu a filha doce da lua, a apaixonada pelo sol e a intensa vontade de me tornar cheia, minguante e crescente e nova.
As minhas fases, as minhas dores e minhas contrações.
Eu sempre dei a luz porque a luz em mim resplandece em enluaradas.