Queridinha

quarta-feira, 25 de setembro de 2024

Escrevendo a maternidade..." Ser mãe é ser um anjo sem asas."

 


Pensei no que dizer, mas quando as palavras somem , eu exercito meu silêncio em meio aos meus tumultuados pensamentos.

Nem sempre escrevemos sobre nós mesmos,nem sempre o escritor detalha em palavras coisas sobre si mesmo,talvez alguns detalhes pessoais se esbarram na fantasia, mas são pequenos e quase imperceptíveis detalhes, enfim, nem tudo é sobre nós.

Quando as palavras tocam a nossa alma, é um recado dos anjos nos deixando um bilhete, então, essas palavras dizem ao coração o que deve ser aprendido.

As estrelas pintam o céu, deixam as luzes nos informar sobre um Universo de vidas , são as nossas marcas no mundo,  às vezes somos estrelas, cantos e silêncio, somos a humanidade inteira em pensamentos, quando escrevemos imprimimos a nossa alma pequena mas que cintila algo de puro e belo.

E mesmo assim, ainda não estamos perfeitamente sendo o reflexo de quem somos,apenas uma parte de nós nos expressam nas palavras, então, não somos totalmente o que escrevemos.

Parte de nós consegue contemplar as coisas que nos indicam um caminho, a outra parte tenta se encontrar em outros caminhos.

Escrevemos porque sentimos a necessidade de dizer algo, e então, escrevemos.

É como pintar, cantar ou desenvolver a arte de sermos nós,com os nós que tentando desatar atendemos o chamado de sermos criadores.

A maternidade me trouxe bem mais do que o querer bem, me arranjou um sotaque e um quê dos  meus porquês.

Aprendi que os meus dias são bem mais extensos quando eu me invento e me recrio na maternidade,não me deixou levar pelas constâncias,porque depois disso, veio outras coisas e dentro dessas coisas, eu cresci sendo eu querendo ser mais outras coisas.

O que tenho a dizer senão, eu aprendi que ser eu, sempre fora a minha melhor escolha.

Ser mãe é ser um anjo sem asas.

E crescemos sendo muitos eus e aprendemos que com os filhos somos nós, somos um monte de coisas que aprendemos a ser.

Ser mãe é bem mais do que amar, é ser o próprio amor com as intemperanças, as promessas e as nossas dúvidas que gritam dentro de nós até que percamos a paciência e ignoramos algumas normas , deixamos de fazer o que queremos e depois de fazer tudo, resolvemos voltarmos aos nossos quereres.

A maternidade é sempre a verdade dentro de nós quando esquecemos de buscarmos dentro de nós outras de nós, no fim, a maternidade sempre nos fazem pensar sobre tudo, e quando os filhos crescem, a gente passa a sermos mais nós do que eles,porque aceitamos que os filhos não nos pertencem.

Filhos, criamos para o mundo, educamos para serem humanos no mundo de desumanidades, a gente ensina para criarmos vidas seguras de si.

Somos mães porque nascemos para amar e assim é até o depois do depois.

Não precisamos escrever sobre o que desconhecemos,só o que acreditamos existir, nós escritores,escrevemos para sermos lidos de corpo e alma, de sermos ouvidos porque achamos que merecemos isso, assim como as flores necessitam de suas lindas pétalas e o resto que foi feito para ser.

O que falamos,o que pensamos se trata do existir no todo, e não somos metades, somos inteiros querendo dividir parte de nós com os outros.

Maternidade é como ser um escritor, reproduzindo em si o que quer que exista no todo, somos tão bons sendo nós mesmos que deixamos de pensar no que o outro pensa sobre nós e então, deixamos de dar importância no querer ser como todo mundo, aceitamos a nós mesmos e isso é só.

A maternidade não se resume em apenas gerar e educar, é amar integralmente ao outro sem se dissolver e se deteriorar, é como se tudo fizesse sentido depois disso.

É a doce presença de sermos alguém importante para um alguém, é ser uma célula multiplicada em outras mil e não se importar com isso.

É se deixar levar pela paixão e um amor quase indissolúvel, é retratar-se em outro e ser a pura e singular expressão de cuidar , amar e se deixar viver por amor.


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Seres alados!!

Seres alados!!
Somos alados quando temos boas atitudes.As minhas asas quebram quando minto, perco penas quando fico triste mas nunca perco a fé porque sei que vou voar para a eternidade.