Deixei que o tempo me levasse aonde ele quisesse.
Ele me deixou vagando em mares, lagos e rios, e me afoguei em desvaneios.
Como o tempo me faz me perder, ele simplesmente me deixa a mercê de novas memórias.
Eu não consigo controlar as reações dele em mim.
Eu deixo que ele me carregue e a vida vai me levando onde meu coração cria ninhos.
Ninhos de afetos, ninhos quentes de abraços e de beijos imaginados em meus silêncios.
No fundo, eu sou guiada por sentimentos que eu busco em toda parte do tempo em caras e bocas.
Caras conhecidas e desconhecidas em tanto caminhos me ligando aos seus destinos.
Nossos destinos ligados por laços criados em minutos tão eternos.
Eu me busco em vários olhares, porque eu sempre acreditei que somos partes um dos outros o tempo todo.
E o tempo me responde que tudo que sou é sempre resultado do tempo que eu vivi até hoje.
Então eu aceitei que o meu destino é o tempo vivido o tempo todo por mim e que será o tempo que eu ainda não vivi.
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