Quando nos mergulhamos, sentimos a necessidade de prestar atenção em nossa própria respiração, assim é quando meditamos, mergulhamos em nós mesmos e nos adentramos em espaços que antes nos eram misteriosos e muitas vezes impermeáveis.
Ao longo da vida o ser humano se deixou levar pelas suas próprias interpretações, assim foi com a história entre outras ciências, o que antes era apenas uma única definição, se transformou em várias e dividimos nosso conhecimento em divisões, subdivisões, e no fim, tendemos a rejeitar o que não conhecemos e nos aprofundamos em conhecimentos mais específicos e então, sabemos muito algumas coisas e desconhecemos outras milhares.
Assim somos nós quando estamos mergulhados em nossos pensamentos de forma egoística, não olhamos para os outros pontos de vistas, olhamos unicamente para nós mesmos, não como o amor-próprio do qual temos tanta necessidade, o egoísmo é um parte de nós que se ocupa apenas da nossa própria opinião e estamos sempre corretos, deixamos de lado o outro para olharmos para o nosso próprio umbigo, como dizem os mais sábios.
O egoísmo é como uma célula doente que vai contaminando o resto de nosso corpo e quando nos damos conta, estamos completamente doentes e sofremos porque o outro não atende as nossas necessidades e quando isso acontece, deixamos o outro para parasitar quem podemos manipular.
Mas o amor-próprio é diferente, ele é a parte de nós que medita e que agarra aos sentimentos bons e tenta ajustar o que não nos é agradável em nós mesmos,é como um médico que cura os outros e cuida de si mesmo.
O amor-próprio é quando nós mergulhamos em nós mesmos, encontramos o nosso melhor , deixamos que ele cresça dentro de nós e procura cuidar do outro porque sabe que pessoas felizes não fere as outras pessoas.Ele é paciente e tranquilo, não se deixa manipular e controla suas emoções e sentimentos porque sabe que as suas decisões podem mudar o mundo de dentro e o mundo de fora, é inteligente e altivo, jamais cuida do outro sem cuidar de si mesmo, e quando se machuca, não culpa os outros e sim se olha , se enxerga e se cura.
Quando ferimos os outros, ferimos a nós mesmos porque é a lei universal, uma lei hermética que rege o Universo e nos ajuda em nosso progresso, ninguém adquire maturidade sem esse olhar Universal, faz parte da nossa estrutura molecular, somos nós a fonte de energia que ajuda na harmonia do nosso mundo, do nosso ambiente, somos nós luzes acesas que proporciona visão mais clara para nós e para os outros, sem esse cuidado, não podemos a chegar a lugar algum.
Sofremos porque não reconhecemos quem somos verdadeiramente, e esse processo de auto-aprendizagem requer muito tempo e paciência, e todas as provas das quais vivemos é a prova de resistência e resiliência, estamos sujeitos a passar pelas inúmeras existências porque precisamos nos reconhecer como os próprios caminhos, e aprendemos a partir daí a entender os mecanismos e as ferramentas do Universo para nos tornarem melhores e voltarmos a nossa unicidade.
Ao sabermos o real significado do egoísmo e do amor-próprio entendemos a dualidade, esta que nos ajuda em nossas escolhas e passamos a compreender a lei do karma, este que existe para nosso adiantamento e que ao entendermos podemos viver com mais sabedoria e harmonia, é o que Jesus e outros mestres nos ensinaram ao dizerem: " Não faça com o outro o que não gostaria que o outro fizesse com você" simples assim.
Quando estiver triste e sem ânimo , lembre-se da tartaruga que reconhece o seu caminho e vive pacientemente até que volte para o lugar onde deu seus primeiros passos e de onde nasceu, onde foi criada e que volta amadurecida e pronta para outras aventuras, é natural que viva centenas de anos, porque alcançou a sua plenitude.
Quando o TODO criou e expande o Universo, não é ao acaso e não é para si mesmo, é por todos nós sem nenhuma razão egoísta, é por uma única razão, o amor, que é sem dúvida a sua própria definição, quando nos tornamos mães, geramos não apenas vidas, geramos possibilidades e aumentamos dentro de nós o amor indescritível, e quando as crianças nascem elas recorrem a nós para que cresçam nutrindo-se de bons sentimentos e emoções diversas, assim é o TODO, nos nutrindo o tempo todo desse amor que não conseguimos descrever acertadamente.
Nós, seres humanos, não conhecemos o amor em sua forma genuína mas procuramos sempre essa fonte , portanto, porque sermos egoístas se temos o tempo todo para aprendermos através do amor a sermos humanos e mais dóceis, amorosos e pacientes, sejamos como as tartarugas, busquemos o nosso caminho de volta e seremos maduros o suficiente para vivenciarmos o amor que tanto nos é dado.
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