Hoje acordei querendo escrever um novo livro, queria que fosse empolgante e cheio de lutas de espadas, eu queria um herói diferente de todos os personagens que eu já havia criado,seria um samurai lindíssimo,com longos cabelos e é claro, um coque samurai, cheio de personalidades e um olhar sedutor e uma história de poder, inveja e amores impossíveis e uma dose generosa de humor.
Me lembrei dos livros que eu li e das aventuras que eu criei na minha cabeça,das outras histórias que eu psicografei, eu queria algo que me mantivesse energizada, que durasse dias e madrugadas inteiras.
Às vezes nós criamos tantas fantasias e tantos diálogos incompreensíveis para quem apenas vê de longe, então ,eu como voluntária e contadora de histórias ,resolvi me inspirar nos contos de fadas originais,nada de Disney,Netflix ,etc e tal.
Ouvi alguns podcast de contos e me embriaguei com as histórias, parecia que eu vivia um mundo a parte, me esqueci das minhas pesquisas e leituras da pós graduação e viajei para dentro de mim.
Confesso que fiquei chocada com as histórias originais,sangrentas demais ,mas ainda sim, me enchi de inspiração e muita vontade de escrever, até me aventurei nas histórias de lugares assombrados, em histórias que me partiram ao meio com finais surpreendentes.
Eu e minhas imagens inventadas, as minhas narrativas,descobri que a série de livros "The Witcher" vai bem mais além de lutas e reviravoltas, e amo estar cercada de tantos textos criativos, nem meus bolos super proibidos por diabéticos são tão adocicado como as histórias que eu conheci nessas últimas duas semanas , e eu ainda nem li meu primeiro livro em braille.
Dá para contar nos dedos as coisas que deixei para depois, mas tudo bem,minha história não vai ser como a história de Mulan que se mata no final , seria trágico demais.
Um amigo chamado Chico Xavier em nosso último encontro me deixou um belo e inesquecível conselho,ele gosta das minhas escritas,claro, nem me atrevo a comparações, seria uma pecadora e iria para o inferno na primeira hora do dia,mas ele me disse com sua voz suave e angelical que eu continuasse a escrever sem vaidade e com meu amor explicito enquanto eu escrevo, nem vou definir o que senti com essas palavras, eu só não derreti porque o tempo está bem frio de onde escrevo.
Vamos nos explorar, deixar vir toda ideia de amor , toda ideia de perfeição e fazermos das nossas histórias algo que nos ajudem a perceber o quanto somos bons sendo quem somos.
Uma amiga me disse que escrevo com o coração na mão, e que meu blog parece escrito exclusivamente para ela, pessoal e intransferível,e disse para que eu tomasse cuidado com pessoas apaixonadas, eu realmente não quero que ninguém se apaixone por mim, eu não sou Sherazade,com uma história sem fim, nem me imagino fazendo isso, quero aproveitar a minha velhice, ou o que eu puder viver depois de hoje.
Nenhuma história é tão perfeita como a história que vivemos, todas as vezes que eu sinto que meu coração vai explodir, eu começo a contar, desde o zero até onde eu aguentar e logo vem algo em que eu possa imaginar, então, me encontro nas histórias que eu conto para as crianças, nas brincadeiras de esconde-esconde e nas músicas que eu consigo estragar com minha voz quase inexistente.
Contamos histórias porque elas nos leva a lugares incríveis e ficam tão perfeitas na nossa memória, quando alguém estiver triste ou se sentindo solitárias, lembre-se de contar uma história,seja qual for,ela vai ajudar a quem é que for, porque histórias tem sempre um final bom,mesmo parecendo ruim, e sempre vai nos levar a um pensamento belo e sem críticas.
Quero criar histórias que me tragam as sensações inexplicáveis e choros incontroláveis , gargalhadas sem nenhum nexo e principalmente, uma lição para carregarmos para a vida e sempre ter que contá-la mais uma vez.
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