Queridinha

segunda-feira, 15 de maio de 2017

Diário de uma mãe insegura.


Queria poder escrever uma carta de amor, mas as palavras parecem sumir, e a cada dia ... me sinto mergulhada em palavras... elas ficam soltas no ar, meus pensamentos estão sempre buscando algo inspirador, mas meu dia a dia se tornou agitado, e muitas vezes me pego em uma onda gigante de ansiedade, facilmente poderia culpar as minhas quatro filhas pela falta de postagens, e não deixa de ser uma verdade, sinto falta das palavras na tela do meu computador, brilhando na minha mente tão cheia de ideias.
Me pergunto muitas vezes como eu dou conta disso tudo, outras eu me sinto uma pessoa devagar , sei lá, será que toda mãe é assim, meio cheio de ideias e na hora de falar as palavras parecem estarem sorteadas em outro idioma?
Quantas vezes? Quantas vezes pensei num diálogo e na hora de falar, acaba saindo palavras completamente diferentes daquelas que estava pensando há horas?
Toda mãe parece um zumbi no final do dia, ou só eu sou assim?
Será loucura pensar que amanhã, vai ser o dia D?... Todo dia penso que amanhã vai ser o dia D.
Porque mudamos tanto? Será que a mudança sempre é positiva ou estamos sendo otimistas demais?
Porque tantas perguntas?
É que nós mães não achamos respostas para tudo, nem sempre estamos em nosso melhor dia e nem todos nos amam e sentem a nossa falta...
Mas a pergunta record de nossos mais profundos pensamentos é  Eu sou uma boa mãe?
Essa pergunta não para de falar dentro de mim, normalmente diria que sou uma mãe meio louca e radical, outras vezes me acho brava e histérica, mas na maioria das vezes eu penso: Sou uma péssima mãe.
Será possível tanta contrariedade num único ser, que loucura é essa? Porque nós mãe nos ocupamos de pensamentos tão estranhos, afinal, estamos sempre buscando sermos boas mães, nem sempre conseguimos dormir uma noite inteira, há sempre milhões de cochilos numa única noite, e acordamos sempre com uma cara de quem não dormiu.
Nós mães temos sempre uma grande insegurança, mas em meio de tantas perguntas, acredito que só tenho aprendido assim, no arranco.
Aprendi ao longo dessas 11 anos de maternidade, que o mundo não tem dono, que as pessoas sempre estarão voltadas para coisas que nem sempre são verdadeiras e positivas.
Aprendi que os nossos filhos são seres independentes, que nosso amor não pode impedi-los que errarem, e que por mais que desejamos , nossos filhos na verdade não são nossos, são eles por eles, apenas somos responsáveis pela boa ou má educação que estamos dispostos a dar.
Não nasceram grudados em nós, não são verdadeiramente nossos,porque são eles os donos de suas próprias vidas e quanto mais egoísta eu for, mais sofrerei a ausência deles quando forem viver a vida que por direito é deles.
Cobramos muito da sociedade , mas somos nós que moldamos nossos filhos, as nossas falhas estarão ali, diante de nós quando eles falharem, mas a escolha deles é que os direcionam.
Não podemos sofrer por nossos filhos, não podemos agir por eles, e nem sempre seremos heróis , na verdade fazemos parte de uma liga de vilões e que e que as vezes se tornam heróis... mas sempre serão os tiranos da casa quando a bagunça se torna um caos.
Fazemos parte da lista de mães que choram escondido, e que não seremos os melhores amigos de nossos filhos, sempre seremos os pais, as mães que não pensam muito para falar... e que teremos que desbravar os livros de psicologia para estudarmos essa relação de pais e filhos e nem sempre estaremos certos nessa aventura e grande dádiva de sermos pais.
Ser mãe é diferente de ser pai.
Sou mãe e sou pai na maioria das vezes, mas ser mãe tem sempre a maior parte do meu tempo.
Não sei o que ser uma mãe perfeita, porque isso nunca entrou na minha cabeça, mas tenho uma definição para quem eu sou... sou uma mãe arrependida, sim... arrependo de algumas chineladas que eu dei, de algumas palavras que saíram da minha cabeça sem pensar, sou uma mãe mentirosa que jura que existe o homem do saco e ainda aponto para um homem estranho na rua dizendo que ele é o tal homem do saco .... ou melhor.... ele existe sim, só não consigo reconhecê-los né!
Eu juro que quero ser uma mãe melhor, mas tenho defeitos que a Supernanny me condenaria a fogueira, mas somos mães vencedoras, quando criamos nossos filhos sozinhas...quando o orçamento não dá, quando rezamos para o gaz não acabar na hora que estamos assando um bolo, somos mães do dia, da noite, da madrugada, e da falta de paciência...
Somos todas mães que morrem pelos filhos enquanto algumas se negam a serem mães, mas cada mulher tem a sua personalidade perturbadora,quer saber?
Eu sou eu, do jeito meio estranho, mas eu sou assim, a mãe descabelada, a que não faz ginástica , a que sonha em ter uma noite sem ter que acordar a toda a hora...missão impossível, mas sonho é sonho.
Sou mãezona e ponto final!!!


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Seres alados!!

Seres alados!!
Somos alados quando temos boas atitudes.As minhas asas quebram quando minto, perco penas quando fico triste mas nunca perco a fé porque sei que vou voar para a eternidade.