Eu me pergunto como devo esquecer certas coisas que em algum momento me deixou infeliz, hoje recordo com um olhar diferente mas a memória ainda está ali... remoendo, tratando-me mal... então depois disse um percebi que cada um tem um jeitinho para superar.
Só tenho um espelho na minha casa, no banheiro, eu só consigo ver meu rosto, e se quiser saber como fico tenho que subir na cadeirinha e me ver... às vezes uso o reflexo da tv... mas a imagem nem me importo tanto... porque descobri que a minha imagem física depende da minha cabeça e não me importaria sair com chinelo e uma roupa velhinha...a minha cabeça estando no lugar... tudo bem!!!
Na verdade a grande idéia é sem dúvida a imagem no espelho só é um reflexo de quem você é, então se você não se enxerga direito... o espelho não faz o menor sentido...
Só quero estar de bem comigo mesma, porque isso interfere na minha vida, nas minhas ações... um psicopata se odeia, porque a sua vida é uma grande mentira, vive de sua mentira porque se ele se encarar de verdade não terá ânimo e nem popularidade, como sendo quem pensa que é, tem todos ao seu redor...
O mundo é assim, simples de entender... a gente se revolta contra coisas que difere de quem somos, por isso parece tão complicado, não somos capazes de deixar o orgulho de lado, o egoísmo deixa os nossos corações enjaulados... não nos acrescenta nada, apenas está ali como um parasita.
Aprendemos a corrigir o que está errado, mas quando precisamos mudar a nós mesmos ficamos enfurecidos, porque não é fácil enxergar os nossos erros e não gostamos que os outros nos julgam... então é melhor... ferir o orgulho do que viver com ele, só ferindo somos capazes de percebê-los.Então vamos ferir-nos, porque não é certo esconder algo ruim dentro da gente, principalmente quando acabamos ferindo não só a gente como os outros também... Quando me tornei mãe eu entendi que eu precisava me ferir, porque não quero que meus filhos sigam meus maus exemplos, então , tratei de me reeducar, desacelerar algumas questões e acelerar outras que estavam perdidas dentro de mim... enxerguei que era preciso me tornar criança o que eu intimamente me negava a ser justamente porque eu sempre fora uma criança... e como é bom ser assim... uma criança... eu me vi e eu novamente me tornara a Marina que adormecera para agradar o mundo que eu sempre tentei entender... Aprendi que não devo me importar com palavras alheias, porque eu manter a minha palavra já era de grande valia.
Encontrei o amor infinito... encontrei um amor em mim e este nunca mais vai embora...Hoje encaro as coisas frente a frente e ainda dou risada... porque o bom humor também nos deixa fortes ou pelo menor é bem melhor do que lamentar.
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