Imagine um lugar onde há paz e harmonia, difícil, não é?
Pensamos e temos esperança de que haverá um dia assim, mas a
dificuldade não é integralmente nossa, mas e os outros?
As antigas civilizações nos ensinaram que a mente é a nossa
facilidade e a nossa também objeção para a nossa saúde física e mental, há
muitas maneiras pelas quais podemos sobreviver as atuais adversidades, mas será
que a maioria da população do nosso Planeta sabe disso? E para imprimir e
exprimir essa ideia é necessário um trabalho gigantesco porque requer algo que
infelizmente é uma barreira, a falta de educação, mas não é uma falta de
educação que se resume apenas na alfabetização e letramento, mas uma educação
que nos ensina no dia a dia, são as diversas culturas, desde a educação familiar
às atitudes da comunidade em geral.
Há poucos séculos atrás a maioria das nações ainda aderiam a
cultura do estupro, a desvalorização e o afastamento de mulheres e pessoas com
deficiências, a nossa sociedade em geral fora se modificando a medida que
apareceram as manifestações de revolta as situações que envolviam preconceito
ou qualquer outra atitude de maus-tratos , e não podemos nos esquecer da escravidão
que trouxe as nossas civilizações um aprendizado nocivo à muitas pessoas, não
porque a grande maioria é ruim, mas a educação é sempre uma ação que provocam reações que arrastam gerações.
Voltando então para a nossa falta de harmonia e paz e a
nossa fé e esperança para dias melhores, nós cidadãos do mundo temos a
necessidade de interação com os demais, não podemos mais vivermos isolados
porque essa necessidade nos garante a sobrevivência, sem mencionar com a sociedade
virtual, esta que conhecemos por meio as interações sociais na internet, a nova
geração e as que estamos inseridos não conseguem mais viver sem essas ferramentais
vindas através dessa tecnologia, ou melhor, a abstração hoje é importante, a
falta de contato físico já não é tão relevante, mesmo que este seja a matriz de
toda a nossa sociedade e relações pessoais, hoje em virtude das chamadas “redes
sociais” as pessoas que povoam essa sociedade virtual nem sempre são
verdadeiras e nós estamos mais suscetíveis aos golpes e as mentiras que antes
apenas envolviam pessoas em nossos meios físicos, hoje as mentiras povoam toda
a nossa humanidade dependendo do nosso envolvimento emocional, político, enfim,
nós estamos todos conectados o que cumpre e comprova que todos somos um, um termo usado pelos diversos.
As mulheres são e somos, digo como uma escritora do sexo
feminino e feminista, que sem a nossa contribuição a humanidade certamente não
estaria em um grau de desenvolvimento consideravelmente avançado, mas poderia
ser muito mais evoluído senão fosse por inúmeros ataques a própria condição feminina,
quem poderia esquecer da caçada às bruxas, da cultura insana do estupro e da
querência de controle ao nosso corpo feminino desde a reprodução, ao trabalho
doméstico, entre outras questões que são relevantes. Por isso há movimentos
feministas, há movimentos que devem existir para que a nossa civilização evolua,
quer dizer, sem esses movimentos não há melhora na vida de quem insiste em
lutar e sobreviver.
O que seria da humanidade sem a curiosidade e a insistência
de alguns para resolução de problemas, a humanidade se projeta e cria outras
possibilidades, infelizmente nós sempre esbarramos em um muro construído com
concretos e argamassas de orgulho, egoísmo e preconceito que endurecem almas
humanas que deveriam ser “humanizadas”, esse muro nos impedem de ações sociais grandiosas
desde construções de habitações, plantações, distribuição de água , eletricidade,
saneamento básico, lembrando que a peste negra que matou milhares de pessoas
unicamente por ignorância acrescida de falta de higiene, enfim, todos os
sentimentos, emoções e atitudes egoísticas nos levam ao “vale das sombras” é
onde a maioria está e não reconhece a sua própria condição.
Para retratar e dar um diagnóstico de como a sociedade está
deve-se viver nela e conviver com essas mesmas mazelas, deve no mínimo ter
consciência, portanto, não se fala de uma sociedade doente sem estar convivendo
nela e procurando pela cura, que não é em um único ser, mas em todos nós.
Com base em estatísticas e sendo mais precisa em dados já
pesquisados e divulgados nos principais meios de comunicação e direcionado exclusivamente
ao nosso país, Brasil há um número alarmante de mulheres, crianças e idosos que
vivem em estado de total descaso, não apenas por familiares, mas um descaso das
instituições governamentais que em seu ato político prometeram melhora e como
consta, não cumpriram nem o mínimo em suas vãs promessas, o que nos preocupam
já que nós como a maioria , vivem com sérios problemas no dia a dia ,os mesmos
problemas há décadas, ou seja, nada foi avançado por falta de vontade política,
é bem verdade que problemas básicos e primordiais não são executados de
imediato mas é preciso que haja continuidade nas ações políticas que se
aproxima genuinamente da resolução desse atendimento à população que fere os
direitos humanos.
Vamos aos dados:
Segundo o Atlas da violência de 2023, lançado em 5 de dezembro,
na década de 2011 à 2021, no Brasil foram assassinadas quarenta e nove mil
mulheres, feminicídio de 0,43 pulou para 1,2, um número assustador, sem nos
esquecer das agressões e assédios que não foram apurados pela polícia, quer
dizer, não são todas as mulheres que denunciam por motivos óbvios ( medo e falta
de credibilidade) sim, sabemos que nem todos os casos serão resolvidos, e um
fato muito relevante, a maioria é de mulheres negras, 67%, isso nos trás a tona
o nosso histórico feminino ( a cultura do estupro e é claro a escravidão de
negros, e povos originários).
O Brasil tem 5.570 municípios
( “Mesmo previsto
na Lei Maria da Penha, o acolhimento de mulheres ameaçadas de morte em Casas
Abrigo, entre os 5.570 municípios brasileiros, só é possível em 155 casas de
142 cidades (2,5 % do total), segundo dados do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE), divulgados em 2014. A maioria dessas Casas se
concentrava na região Sudeste (45) e a minoria na Região Norte (9). Não há
dados que permitam um retrato da situação jurídica das mulheres em abrigos.
Após a Lei Maria da Penha, imaginou-se que a demanda por abrigamento diminuiria
com a possibilidade de oferecimento de medidas de urgência que limitariam os
agressores. No entanto, não é o que os operadores da Justiça percebem na prática”)
Esses dados foram tirados e aqui citados pelo site CNJ,
Conselho Nacional de Justiça, não precisa dizer muito não é, está claro que o
nosso país tenta com suas possibilidades acolher as mulheres, sabendo que a
necessidade é maior e que não podemos garantir a segurança da maioria de nós.
Do mesmo site seguimos com mais uma informação:
(As Casas Abrigo
têm como objetivo prestar atendimento psicológico e jurídico e encaminhar para
programas de geração de renda, e até fornecer acompanhamento pedagógico às
crianças, uma vez que não poderão frequentar uma escola comum enquanto
estiverem ali. Mas é uma fase traumática, afirma a psicóloga Branca Paperetti,
que coordenou,por 25 anos, o Centro de Referência à Mulher Casa Eliane de
Grammont, em São Paulo. “É um momento em que a mulher sai de circulação, rompe
com tudo, laços, vínculos, para não correr o risco de ser morta”, diz.)
Nós mulheres não precisamos dessas informações para nos
convencermos da nossa situação enquanto mulheres, mas estas são relevantes para
as instituições políticas para que haja uma ação persistente e contínua,
acreditamos que a educação seja a base de nossa vida, é nos primeiros anos de
vida que se molda e ensina valores importantes para as nossas convivências em
sociedade e na construção desta mesma sociedade, mas é justamente por termos
uma educação machista devido a construção do patriarcado a nossa história
feminina e em nossa história enquanto civilização, historiadores não contestam
isso, não é verdade?
As crianças são portanto a extensão dessa civilização, logo,
a nossa educação enquanto responsáveis por elas está intimamente ligada a nossa
construção e na continuidade dessa educação patriarcal, para ser mais clara, a
nossa educação é a razão pela qual continuamos nesse estado primitivo e sem evoluir
moralmente , porque ainda estamos educando nossas crianças com ideias
retrógradas, mesmo com tantos movimentos, ainda estamos dando voltas em
círculos sem nenhuma mudança considerável, então, é preciso outro movimento?
Sim, é preciso um movimento maior, através da educação
regular, educação artística, literatura e outros meios de maior visibilidade,
apesar de todos os movimentos que vivemos hoje, ainda é pouco perto iceberg que
construímos em milhares de anos de história que conhecemos enquanto civilização
humana.
As crianças ainda vivem as agressões físicas escondidas no seio
familiar, nas instituições educacionais, nas redes sociais, embora há inúmeras
campanhas sobre a violência contra a criança e adolescente e ainda contra a
mulher e idosos, a criança tende a imprimir, reprimir as suas vivencias pelo
mesmo motivo pelos quais as mulheres. idosos, homossexuais e as outras diversas
diferenças minorias.
Sem grandes surpresas a nossa sociedade ainda falha na
educação e na prevenção contra a violência. A violência é um tema amplo com
diversas possibilidades de discussões e que deve ser amplamente discutida e atacada
com muita vitalidade.
Foi pela vivência, pela nas instituições educacionais e
presente nas interações nos movimentos através do voluntariado me atrevi a
escrever um livro infantil com esse tema tenso e denso, de total importância na
educação infantil e familiar, não se trata de uma história minha, mas de todas
nós que ansiamos melhorias.
Temos a esperança em fé, mas sem ação as palavras vivem apenas
no campo das ideias, então, porque não procurar atender tanta demanda?
Se há falta de vontade política precisamos então nos movimentarmos,
não de maneira tímida mas com grande visibilidade até que sejamos vistas com
profundidade e credibilidade.
A construção de uma casa abrigo e de uma instituição que
facilita a vivência dessas minorias em nossa comunidade é de total responsabilidade de todos nós, sem
nos esquecermos dos neurodivergentes que estão às margens da sociedade, e todos
os que estão nas estatísticas de pessoas com deficiências , há uma população
inteira de pessoas que estão marginalizadas por pertencerem há uma minoria ,
nessa minoria esquecida nas leis que regem a nossa sociedade e que precisa de
movimentos expressivos.
Da mesma fonte encontramos dados alarmantes sobre a
violência , não apenas a violência contra a mulher mas violência contra a
criança e adolescente, idosos, homossexuais em suas várias denominações , além das
pessoas com deficiências.
(Documento ressalta que a violência é a principal causa de morte
dos jovens no Brasil, com uma média de 66 jovens assassinados por dia no país
(Foto: Banco de Imagens/Internet)
Ajunção
da teoria e prática – e a utilização de dados para embasar políticas públicas –
integram as prioridades da atual gestão do Ministério dos Direitos Humanos e da
Cidadania (MDHC), como é o caso do Atlas da Violência 2023.
A publicação foi divulgada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea)
nesta terça-feira (5) em parceria com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública
(FBSP).
Entre os
destaques do documento, o Atlas deste ano ressalta que a violência é a
principal causa de morte dos jovens no Brasil. Em 2021, de cada cem jovens
entre 15 e 29 anos que morreram no país por qualquer causa, 49 foram vítimas da
violência letal; no mesmo período, dos 47.847 homicídios ocorridos, 50,6%
vitimaram pessoas dessa faixa etária. “São 24.217 jovens que tiveram suas vidas
ceifadas prematuramente, com uma média de 66 jovens assassinados por dia no
país. Considerando a série histórica dos últimos onze anos (2011-2021), foram
326.532 jovens vítimas da violência letal no Brasil’, enfatiza a publicação.
Este
ano, o Atlas da Violência trouxe uma novidade ao incluir também dados sobre a
violência contra estudantes e no ambiente escolar. Os indicadores foram
considerados após chacinas como a que ocorreu em uma creche de Blumenau (SC),
em abril deste ano, e na Escola Sapopemba, na Zona Leste de São Paulo (SP), em
outubro.
Para
esse público, existe no âmbito do MDHC o Programa de Proteção a Crianças e
Adolescentes Ameaçados de Morte (PPCAAM), que chegou à execução orçamentária
recorde de 100% do investimento de mais de R$ 34 milhões em 2023. O PPCAAM tem
por missão preservar a vida de crianças e adolescentes ameaçados de morte, com
ênfase na proteção integral e na convivência familiar e comunitária, de forma a
contribuir com a redução da violência letal infantojuvenil e com a garantia dos
direitos fundamentais, como o direito à convivência familiar e comunitária, à
educação, à saúde, entre outros.
Nessa
segunda-feira (4), o MDHC também lançou uma série de ações
voltadas a crianças e adolescentes, entre elas, o Levantamento Anual
do Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (Sinase); o lançamento dos
módulos dos sistemas de Proteção à Infância e Adolescência - Módulo Conselhos
Tutelares (Sipia-CT) e Módulo Programa de Proteção a Crianças e Adolescentes
Ameaçados de Morte (Sipia/PPCAAM) -; o lançamento da Escola Nacional dos
Direitos da Criança e do Adolescente - Escola de Conselhos (Endica); e o
lançamento do Projeto de Letramento Racial no Sistema Nacional de Atendimento
Socioeducativo (Sinase). Além do lançamento do livro - Programa de Proteção a
Crianças e Adolescentes Ameaçados de Morte: Avanços e Desafios.
Pessoa idosa
Uma
nova seção no Atlas da Violência deste ano trata das violações contra pessoas idosas. O
tema ganhou destaque e foi analisado a partir de critérios raciais, sexo e
unidades da Federação. Em 2022, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de
Domicílios (PNAD) Contínua, a população idosa era constituída por cerca de 32
milhões de pessoas, o que correspondia a aproximadamente 15% da população
brasileira.
Entre as
análises do Atlas, um gráfico compara a idade média ao morrer de pessoas negras
e não negras em 2019, 2020 e 2021, de forma a mostrar que o direito à vida tem
sido usufruído de forma diferente entre os sexos e os grupos raciais. “As
mulheres morrem mais tarde do que os homens; e os não negros, mais tarde do que
os negros. Quando esses diferenciais se cruzam, pode-se observar que, em 2021,
uma mulher não negra morria 10,9 anos mais tarde do que um homem negro. A raça
explica 58,7% deste diferencial e o sexo, os restantes 41,3%”, demonstra a
publicação.
Sobre as
políticas públicas voltadas para a população com 60 anos ou mais no âmbito do
MDHC estão os programas Viva Mais Cidadania, Envelhecer nos Territórios e ainda
o projeto Viva Mais Periferia. O Programa Viva Mais Cidadania, por exemplo,
promove os direitos humanos e fortalece a cidadania de pessoas idosas em
situação de vulnerabilidade e as que são vítimas de discriminação múltipla
pertencentes a grupos sociais caracterizados por diversidades histórica,
social, étnico-racial, econômica, territorial, cultural e religiosa, na
perspectiva da equidade e intersetorialidade.
O
projeto-piloto do programa Viva Mais Cidadania está previsto para se iniciar em
2024 e será desenvolvido em comunidades quilombolas de diferentes regiões do
Brasil, localizadas nas proximidades dos municípios de Cavalcante (GO) e
Alcântara (MA).
Em outra
ponta, o programa Envelhecer nos Territórios avalia o nível de garantia de
direitos das pessoas idosas em todo o país. A política pública também tem como
foco a formação de agentes de direitos humanos nos territórios por meio de
parcerias firmadas entre o MDHC e os Institutos Federais de Educação. O projeto
já está acontecendo nas cidades de Iporá (GO), Almenara (MG), Itumbiara (GO),
Santos (SP), Rio Pardo (RS), Rio Grande (RS), Monte Santo (BA), Jequié (BA),
Codó (MA), Barreirinha (AM), Parintins (AM), Ipueiras (CE) e Lavras de
Mangabeira (CE).
O
projeto Viva Mais Periferia, também desenvolvido pela Secretaria Nacional dos
Direitos da Pessoa Idosa (SNDPI/MDHC), promove a proteção e defesa dos direitos
humanos das pessoas idosas que vivem nas periferias brasileiras, por meio do
fornecimento de equipamentos de apoio assistencial que proporcionem mais
autonomia e qualidade de vida às pessoas acamadas e domiciliadas residentes
nesses locais.
Pessoas com deficiência
Gráficos
disponibilizados pelo Atlas da Violência 2023 demonstram que os maiores índices
de notificação de violência contra pessoas com deficiência são observados
principalmente no grupo de indivíduos com deficiência intelectual (27,9
notificações para cada 10 mil pessoas com deficiência). Ainda de acordo com as
análises, uma em cada três pessoas com esse tipo de deficiência sofre abuso
sexual na idade adulta.
Verifica-se
ainda que o número de notificações é bem mais elevado para o grupo de mulheres
com deficiência intelectual (45,0 notificações para cada 10 mil pessoas com
deficiência), quando comparadas aos homens na mesma condição (16,2 notificações
para cada 10 mil pessoas com deficiência).
O
segundo grupo que apresenta o maior número de notificações de violência é o
grupo de pessoas com deficiência física, com 9,4 notificações para 10 mil PcD.
A este, seguem-se o grupo de deficiência auditiva (3,7 notificações para 10 mil
pessoas com esse tipo de deficiência) e o grupo de deficiência visual (1,8
notificações por 10 mil PcD), grupo com menor taxa de notificações.
Entre
os destaques de políticas públicas para esta parcela da população, o governo
federal lançou no mês passado o Novo Viver sem Limite -
Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência, com R$ 6,5 bi de
investimento em ações para pessoas com deficiência. Elaborado desde maio deste
ano, o plano conta com 95 ações destinadas à inclusão das pessoas com
deficiência. O Novo Viver sem Limite é coordenado pelo MDHC.
LGBTQIA+
Entre as
constatações do Atlas da Violência 2023, todas as ocorrências de violência
contra homossexuais e bissexuais aumentaram no período 2020-2021: os casos de
violência contra o primeiro grupo aumentaram 14,6%, ao passo que as violências
contra bissexuais cresceram 50,3% nos dois anos. Os aumentos brutos foram
acompanhados por reduções dos registros em municípios e equipamentos públicos
especializados que estavam ativos em 2020, indicando um espraiamento
territorial da violência contra ambos os segmentos.
No que
diz respeito a trans e travestis, a violência física aumentou 9,5% e a
psicológica, 20,4%. Como o ano de 2020 foi atravessado pela pandemia e o
isolamento social, o aumento do número de casos justamente no ano em que o
lockdown foi suspenso poderia ser explicado pela retomada do acesso de pessoas
LGBTQIA+ a equipamentos públicos e suas redes de proteção.
Entre os
exemplos, um gráfico disponibilizado pelo Atlas indica manutenção da
prevalência masculina entre os agressores, solidificando mais uma vez o cenário
historicamente consolidado de vítimas LGBTQIA+, majoritariamente negras
violentadas, na maior parte das vezes, por homens. Não há dados que
possibilitem a mesma análise contemplando pessoas trans.
Além
de encontros governamentais e diálogo permanente com a sociedade civil
brasileira e internacional, a Secretaria Nacional dos Direitos das Pessoas
LGBTQIA+ (SNLGBTQIA+/MDHC) promove políticas públicas como editais para a
garantia de direitos da população LGBTQIA+. Em agosto deste ano, por exemplo, o
Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania divulgou relatório com encaminhamentos
do GT de combate à lesbofobia e ao lesbo-ódio. O documento apresenta
estratégias que garantam e ampliem os direitos e cidadania das lésbicas e
sapatão com uma perspectiva interseccional e a proposição de políticas públicas
em direitos humanos nas áreas da saúde; educação; justiça e segurança pública;
assistência social e cultura.
ObservaDH
Quanto
à construção de políticas públicas baseadas em evidências, o ministro dos
Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida, recorda que a pauta
prioritária para o órgão ganhará uma nova ferramenta que será lançada neste mês
- o Observatório Nacional dos
Direitos Humanos (ObservaDH).
A pauta
referente aos dados é tão importante que, na atual gestão, foi criada a
Coordenação-Geral de Indicadores e Evidências, no âmbito da Secretaria
Executiva do MDHC. A inédita coordenação-geral é responsável por gerir o
conteúdo do ObservaDH, que já foi instituído pela Portaria nº 571, de setembro
deste ano, e será disponibilizado por meio de plataforma on-line.
Na
plataforma virtual de acesso público serão disponibilizados indicadores sobre
os diversos públicos abrangidos pelas políticas do MDHC, como crianças e
adolescentes; pessoas idosas; pessoas com deficiência; lésbicas, gays,
bissexuais, travestis, transexuais, queer, intersexo, assexual e outros
(LGBTQIA+); pessoas em situação de rua; pessoas privadas de liberdade; e outros
grupos sociais vulnerabilizados.
O novo
ambiente digital tem a proposta de difundir e analisar informações estratégicas
sobre a situação dos direitos humanos no Brasil, a fim de fornecer evidências
para o planejamento, o monitoramento e a avaliação de políticas públicas de
defesa, promoção, proteção, educação e cultura em direitos humanos nos níveis
de governo federal, estadual e municipal.
Disque 100
Canal de
denúncias sob a responsabilidade da Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos do
MDHC, o Disque 100 recebe, analisa e encaminha denúncias de violações contra
pessoas idosas. O serviço gratuito pode ser acionado por meio de ligação
gratuita, WhatsApp (61) 99611-0100, Telegram (digitar
"direitoshumanosbrasil" na busca do aplicativo), site da Ouvidoria e
aplicativo Direitos Humanos Brasil.
Em todas
as plataformas, as denúncias são gratuitas, anônimas e recebem um número de
protocolo para que o denunciante possa acompanhar o andamento diretamente com o
Disque 100, de forma gratuita, por telefone fixo ou celular. Basta ligar para o
número 100 para fazer o acompanhamento)_
Porque algumas instituições se esquecem dessas minorias já
que são elas que se posicionam e fazem com que a sociedade prossiga? Qual é a
lógica dessa discriminação?
Respondo com uma pergunta: Porque a sociedade só evolui
quando insistimos em sermos vistos como uma minoria que merece atenção?
Historicamente só conseguimos evoluir quando essa mesma
minoria se revolta, e essa revolta promove melhoria para a grande maioria.
Somos psicologicamente movidos pelas nossas próprias necessidades, um exemplo
simples: Começamos a andar porque precisamos
andar, nos movimentar, para que possamos evoluir, da mesma forma é a fala, a
escrita e outras atitudes em nosso dia a dia, quando nos falta algo, criamos
para que haja a possibilidade do que queremos aconteça.
Senão houvesse cegos, não haveria o estudo de braille, e senão
houvessem surdos não haveria libras( linguagem de sinais), assim como as
cadeiras de rodas, as nossas profissões atendem as nossas necessidades,
portanto, quem gera descobertas e evoluções são os que conhecem as necessidades
e precisam delas, logo, porque não ouvir àqueles que necessitam?
Se a sociedade fosse mais pacificadora talvez as nossas
vidas seriam mais harmoniosas, mas essa não é a nossa realidade, falta-nos
educação, então, devemos focar a nossa atenção nas gerações futuras, na
população que se encontra nessas minorias e assim poderemos progredir.
Sem evidenciar as nossas diferenças não há como progredir e
quando conseguimos olhar para isso com honestidade e com uma certa
generosidade, humildade e compaixão, nada será feito e será que temos governantes
com esse olhar?
Qual é a nossa intenção ?
Elaborar projetos inteligentes na criação de instituições
que acolhem e que priorizem a educação infantil que chega ao nível familiar
gerando uma melhora na vida deles e de todos nós.
Uma sociedade que não acolhe é uma sociedade doente e imperfeita.
Mulheres protegidas, acolhem outras mulheres que cuidam de
suas crianças, de seus adolescentes, de seus idosos e de seus familiares neurodivergentes
e as pessoas com deficiências, uma boa ação gera outra boa ação, é uma
matemática simples filosoficamente divulgada , religiosamente ensinada pelos
mais nobres corações, não há preconceito quando agimos sem egoísmo ou orgulho.
Quando os nossos filósofos, os nossos diversos estudiosos
nas diversas áreas do conhecimento reconhecem a força da consciência, da
vontade e da generosidade, não há diferenças quando somos amorosos, não há
distonia quando entendemos que todos nós vivemos sob o mesmo céu, esse telhado
de todos nós, olhamos para o mesmo céu estrelado, para a mesma lua e somos
iluminados pelo mesmo sol, portanto, qual é a dificuldade de nos ajudarmos para
um bem comum e universal?
A dificuldade está dentro de nós, somos nós que escolhemos
viver da forma que vivemos, ou acomodamos ou nos movimentamos conforme as nossas
possibilidades, se estamos em conformidade com esse amor universal por quê não?
Estamos sempre esperando milagres, eles não existem, apenas
desconhecemos as razões de coisas incríveis acontecerem, mas precisamos apenas
de nos movimentarmos para que as ações se renovem, para que tudo que é preciso
acontecer aconteça, há sim coisas inacreditáveis, mas é preciso ter fé de que o
tempo é apenas o tempo nos regendo em prol de nossa disciplina, enfim, vamos
nos movimentar? Vamos criar possibilidades?
Sabemos que o governo ajuda dentro das possibilidades, mas
as nossas ações precisam se intensificar, a nossa educação deve sempre ser contínua
contra qualquer forma de violência, mas somos seres falíveis, cada um de nós temos
a nossa mente, a nossa moral desenhada dentro de nós, é preciso partir das
nossas ações unidas as outras ações parecidas, por isso essa egrégora deve ser
viva e trabalhada dentro de nós, é por isso a educação básica é tão importante,
porque é na infância que se aprende através
de exemplos, de exemplos morais, os valores são moldados, é o começo de tudo,
então vamos dar um bom começo aos que estão chegando por aí?