Escrever é um ato solitário.
É absorção de um todo.
Resumido em palavras.
Basta um olhar e tudo se resolve em palavras.
Escrever é um ato solitário.
Da qual se conserva na escuridão para dar a luz.
É como encolher -se para florescer.
Um ato amoroso com as palavras.
Uma abstração para vir a ser.
Não se mede palavras, engolimos e depois a sopramos.
Seria sonho ou seria o roteiro de um?
Talvez um escritor não seja ser humano comum.
Talvez ele seja o fruto da ambiguidade.
Do ser e do não ser.
É o improvável em carne viva.
Provando a sua existência na materialidade das palavras.
Escrever é um ato solitário.
Não bastar ter palavras, se pesca num anzol imaginário.
E o banquete é a escrita, seja ela densa, tranquila e até calma.
Mas bastou um olhar no infinito.
Para que num ato solitário se permita.
Existir
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