A vida é uma surpresa linda, nos enriquecemos com as nossas relações , e evoluímos no nosso próprio passo, detectamos o que é bom e o que é ruim conforme as nossas percepções e sentidos que aprendemos a usar.
A educação é uma palavra curta mesmo que esta tenha uma complexidade além do que compreendemos ser, esse entendimento nos coloca às nossas próprias limitações vividas, ou seja, tudo que somos é de acordo do que pensamos e vivemos.
Uma pessoa preconceituosa, vive num ambiente preconceituoso, porque vivemos num ambiente coletivo, quando nos colocamos num lugar diferente do que estamos vivendo, vivemos as restrições de acordo.
Vivemos num mundo de patriarcado, e mesmo com os movimentos feministas ,ainda vivemos as reações das relações abusivas, e aprendemos a viver com isso, o que no meu ponto de vista é compreensivo, porque quando existe repressão, existe também a aceitação dessa condição, portanto, lutar contra essa corrente, há uma luta constante, e precisamos progredir e não ficarmos presos as coisas que deveriam ter sido abolidas, o nosso modelo de civilização, é repressora, desde sempre.
Quando excluímos algo ou alguém é porque não a queremos, a educação exclusiva é quando colocamos os nossos preconceitos a frente do progresso, deixamos as nossas limitações sobressaírem à nossa vontade de mudança.
A exclusão num ambiente familiar, é estarmos dizendo : " Não te quero", isso vale no ambiente familiar, social e em qualquer outro lugar, quando excluímos algo, ou alguém é eliminar o que não julgo me fazer bem.
Durante séculos , excluímos, e depois segregamos, ou seja, separamos os iguais e excluímos ,os colocamos em algum lugar, e igualmente fazemos isso em nossos diferentes ambientes, são fatos históricos, quando a sociedade percebeu algumas pessoas diferentes que viviam de maneira diversa da que ela julgava ser melhor, ela excluiu, ela quis eliminar, isso foi durante a "caça á bruxas", não apenas as mulheres , mas aos homossexuais, negros, asiáticos, cegos, surdos, algumas pessoas com qualquer tipo de doença, ou dotada de alguns dons inexplicáveis na época, o euro-centrismo queria deixar de lado o que não fazia parte da sua ideia de normalidade.
Hoje a história só mudou um pouco em seus conceito, houve ressignificação, mas continuamos a tentar rejeitar o que não queremos, mas há uma vontade de inclusão, porque quem sempre foi marcado pela exclusão quer ser incluído e merece ser incluído, mas isso aconteceu porque a população excluída exige isso, toda evolução vou gerada pela vontade de inclusão, sem essa vontade não existiriam as leis que gerem a nossa sociedade, qualquer lei surgiu pela falta dela, essa é uma lógica não é?
Na educação inclusiva não é diferente, a sociedade excluiu, segregou e agora quer incluiu, porque é preciso ser percebida para tornar-se visível, é preciso ser visto para ser pensado porque vivemos num mundo onde as percepções materiais são importantíssimas segundo o mundo global e materialista em que vivemos, e tudo gira em torno do poder de possuir, a educação inclusiva virou moda, todos querem ser incluídos, mas nem sempre são voltados para suas razões primárias, as suas necessidades reais ficaram em segundo plano, as novas gerações agora necessitam dessa inclusão, a sociedade pede isso e o capitalismo percebeu isso e agora corre para incluir quem sempre excluíram, mas ainda há uma expulsão interna, há uma exclusão que existe nas mentes humanas, disfarçadas, por mais que insistem ainda há resquícios de pensamentos de milenares de discriminação, racismo, sexistas, e muitos "ismos" porque percebemos que eles não são bons, já sabíamos disso, mas disfarçamos, deixamos que eles permanecessem dentro de nós até nos vermos dentro desse grupo.
Daí surge as escolas inclusivas, estudos sobre esse tema hoje tão divulgado, mas não foi fácil chegar até aqui, precisaram existir lutas para que as leis mudassem , para que estudos tomassem um corpo , saíssem das teorias, ainda há uma educação violenta, ainda há uma educação sexista, mas o retorno aos mais antigos conhecimentos houve uma melhora.
Hoje as crianças têm voz, o que antes era uma ação repressora, as crianças eram reprimidas, hoje há uma abertura aos seus preciosos sentimentos, emoções, hoje é um crime cometer qualquer tipo de preconceito, não significa que não existe, existe , mas agora, está mais visível e precisamos punir quem as cometem, porque precisou de estudiosos lutarem para não ser uma atitude normalizada, é preciso não normalizar a violência, mesmo que essa seja fruto de atos insanos de pessoas doentes.
A educação inclusiva deve ser vivida e não apenas estilizadas nas escolas, mas na vida em geral, precisamos nos adequar a isso, há milhares de ideias que poderiam se tornarem reais, no plano material que possivelmente mudaria o mundo, e pode mudar, existe a força de vontade, e existe poder para isso.
A educação inclusiva é a educação do cuidado, do prazer em cuidar, exige muita força e muita perseverança, todos querem entender a educação inclusiva, mas na realidade, a história de uma educação inclusiva é apenas na lei, e no papel, na verdade, não existe de fato, só existe aonde há muita necessidade, porque houve um movimento para isso, porque o próprio excluído exigiu isso.
Tudo que se pode fazer é nos colocarmos no lugar dessas pessoas excluídas, nos tornarmos âncoras, fazermos de fato parte dessa sociedade e querermos sua evolução e lutar por isso.
Uma educação de inclusão é uma educação moral, uma educação para o amor incondicional.
Coisas de mamãe é ser esse abraço forte de cuidado, coisas de mamãe, é esse acolhimento e aconchego, sobrevivemos porque existe um cuidado maior, porque há quem cuida e a educação inclusiva não é uma utopia, porque ela é real quando há coisas de mamãe dentro dessa realidade.
A educação inclusiva é coisas de mamães, porque é um ato amoroso e purificador, quem quer vivenciar essa educação inclusiva se torna alguém melhor, alguém que realmente se interessa pela questão positiva do cuidado com o outro ser humano.
É preciso fiscalizar as escolas quando se trata de educação inclusiva, ir além do recebimento de pessoas que exigem cuidados maiores.
Então, há desigualdade em todos os setores da vida, muitas pessoas vivem à margem de tudo de bom que podem viver, é preciso compartilharmos as mudanças, cuidar uns dos outros é criarmos a sustentabilidade, e deixar que pensemos no que estamos nos tornamos.
A sociedade é como se fosse uma grande árvore, cada atitude nossa vai gerar frutos, flores e a cada galho que surgir, a cada folha, faz parte de nós, cada qual com o seu papel nessa vida ,nessa árvore, o mau cuidado gera maus frutos, folhas fracas e secas, então pensemos, que tipo de arvore somos nesse Universo?
Gaya somos nós, somos essa energia linda que vivemos, faz parte do equilíbrio, não somos seres que vivemos em competição, a natureza é o oposto disso, há cooperação, precisamos ver o mundo com os olhos amorosos, podemos incluir as pessoas em nossas vidas, cada um conforme as suas necessidades, alguns nos fazem mal, sim, deixamos de conviver com elas, as pessoas que nos fazem bem, que sejam bem vindas, mas as pessoas que não nos fazem bem, também fazem parte de nosso aprendizado, todos cooperamos uns com os outros, o Universo funciona assim.
Vamos nos olhar para dentro, e voltarmos para o exterior de forma mais zen, e mudar, incluir em nossas vidas muitos aprendizados, criarmos mais afetos, não somos mercadorias, somos seres humanos, não jogamos fora o outro, nós aprendemos uns com os outros, e uma educação inclusiva faz parte de quem somos...
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