Os nossos desejos são como células que nos moldam, desejos são retratos íntimos de nós.
Quando alcançamos a serenidade estamos prontos para alcançar o que chamamos de paz!!!
A paz é a consciência desejável , é o motivo pelo qual lutamos internamente, é a consciência tranquila.
Certo dia, uma pessoa muito próxima a mim me deixou em estado de vigilância, quer dizer, me fez refletir sobre as nossas relações humanas.
Pessoas sem "segundas intenções" são sempre as pessoas mais incríveis, são as pessoas que riem sem motivos aparentes ,que ajudam com o coração aberto, brincam de viver porque na vida o sorriso só atrai sorrisos.
Há uma loja no centro de Belo Horizonte que eu passo horas namorando, é um Sebo, vende livros usados, e lá existem exemplares maravilhosos de livros raros e tem um ambiente cheio de sofisticação, um ambiente parecido com uma biblioteca, um lugar mágico para os admiradores por livros e afins, então, lá eu pude perceber que o tempo é uma coisa estranha de se medir, já parou para prestar atenção de como tratamos o nosso tempo?
Será que existe mesmo perca de tempo ou apenas o utilizamos o tempo com coisas sem tanta importância?
Fazemos do nosso tempo um presente precioso e discutimos com ele enquanto o desejamos ardentemente, muitas pessoas lutam contra o tempo, não gostam de envelhecer, e ficam procurando razão e estratégicas para retardar o envelhecimento, mas já parou para pensar que não existe outra alternativa senão deixar o tempo seguir a diante sem brigar com ele?
Será que estamos gastando tempo demais evitando que o tempo faça seu trabalho?
Todos nós temos cicatrizes causadas pela vida, machucados morais, físicos que os outros nos causas mas somos também parte de traumas de alguém, e o tempo quando se mostra amigo, nos ensinam que todos precisamos fazer parte da vida uns dos outros e que ninguém sai da vida sem se machucar ou ferir alguém pelo simples fato de sermos seres individuais que vivem para a coletividade, quer dizer, não dá para viver sem conviver com os estragos que construímos ao longo de nossas vidas, não há como medir o tempo sem se preocupar com as consequências e nem com as razões.
Os livros são mágicos quando os lemos e viajamos com ele, é assim que me sinto enquanto escritora, fabrico sonhos e divido palavras que saem da minha mente que explodem dentro de mim, como fugitivos , enfim, construímos uns nos outros expectativas lúdicas, incentivamos ações positivas quando retratamos as nossas boas intenções e fazemos morrer no outro quando o tratamos com desprezo, a vida pode parecer muito confusa, mas somos assim, um emaranhado de pensamentos procurando se harmonizarem, isso é a vida maravilhosa que podemos viver.
Eu escrevo sem pressa, sem aquela ansiedade de escrever as coisas certas e usar as palavras quase não lidas em dicionários,e sabe como eu faço isso?
Pensando no meu leitor como uma pessoa que quer se inspirar, que quer relaxar e se deliciar com palavras que os fazem refletir, eu penso nos leitores pequenos, simples e fofo...
Penso na simplicidade de querer saber mais, nas brisas que embaraçam cabelos e em rios seguindo seus cursos, eu penso na serenidade na velhice, então, eu escrevo!!!
Quando escrevi "Um dia de fada" eu pensei em tantas mulheres que vivem exclusivamente para cuidarem dos outros mas que se esquecem de si mesmas para se sentirem útil, mas acabam prisioneiras de seus "companheiros", e de pessoas que procuram serem elas mesmas e não desistem de seus sonhos, dos amigos incríveis que conhecemos ao longo das nossas incansáveis jornadas, e dos seres amargos que nos prendem em suas prisões psicológicas e chantagens emocionais, enfim, parece estranho que um livro infantil nos mostra isso tudo, mas quer saber? Um conto infantil diz muito sobre nós, mais do que imaginamos, é como um ensinamento filosófico com figuras mais claras, só para podermos entender com mais clareza sem aquelas palavras desconhecidas nos dicionários, é para ser um livro fácil de leitura, é para ser um livro infantil cheio de cores e sorrisos, é para aprender a gostar de ler.
Então quando for abrir um livro qualquer, se lembre de como é bom percorrer estradas novas, há sempre nossas lições para aprendermos.
A serenidade é a simplicidade da alma, é o estado do qual quero sempre estar, afinal, escrever e traduzir pensamentos é um habito que procuro desempenhar por amor àqueles que me lêem.
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