Estávamos chegando em Lyra, a terra mais enigmática e mística do continente, a fronteira entre a terra de Ganesha e Lyra era cercada por uma grande tela energética.
Quando entramos em Lyra Eros e Carmem levitavam, e levemente levitei, o céu estava rosado com a luz intensa do sol , a noite chegaria em um pouco mais de seis horas, as nossas bagagens se tornaram leves e as flores eram com cores vibrantes e se tornavam grande lâmpadas que iluminavam nosso caminho, as árvores eram de um verde claro e os frutos eram grandes e o aroma doce.
Me vi completamente cercada de seres brilhantes, eram como pequenos vaga-lumes e falantes, risonhos e brincalhões, fomos recebidos por um ser angelical, era tão intenso o seu sorriso que me ví como entre as estrelas, ela se chamava Vega, seu olhar era tão marcante e cintilava, sua pele não era palpável, era como uma estrela, sua energia me fazia arrepiar e me sentia alegre e leve.
Eros me olhou de forma que eu sentia um beijo suave na testa e Carmem apenas sorria e de repente, sua pele começou a brilhar, então, ela se transformou uma estrela como Vega, foi quando eu percebi que Carmem era também uma ser angelical que vivia em Lyra, foi quando ela me explicou que os seres que viviam em Lyra que ultrapassavam a fronteira se revestiam de uma pele humana para não ofuscarem outros seres, Carmem era uma fada cintilante que nascera em Lyra, essa revelação me deixara várias perguntas e que intimamente não teria respostas naquele momento.
Carmem me abraçou e me senti completamente livre de qualquer materialidade, eu estava numa outra dimensão e aquela sensação é indescritível.
Fomos então levitando para o centro da cidade, nela havia uma pirâmide, era rosada como o céu, Entramos e me vi num grande salão cheio de seres igualmente iluminados, me acolheram e me levaram para o centro da pirâmide, fiquei de pé com as mãos para cima unidas e então, um raio de luz rosada me iluminou e eu me vi iluminada e serena, a paz ali era extraordinária.
Vega me disse que não são todos os humanos que conseguiam entrar em Lyra, era preciso estar energeticamente preparados e eu estava me sentindo honrada por estar ali, quando anoiteceu fomos aos nossos aposentos, estranhamente não senti fome alguma, e depois de uma longa conversa com Eros adormecemos.
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